A ansiedade nada mais é do que uma resposta do nosso inconsciente a situação que consideramos potencialmente perigosa ou traumática
Ela tem relação a uma necessidade instintiva do indivíduo de resolver ou evitar problemas que muitas vezes nem ocorreram ainda, conhecemos ou compreendemos, como se o inconsciente estivesse nos preparando para essas situações de risco em um futuro próximo ou até distante.
Para Sigmund Freud, o chamado “Pai da Psicanálise”, é no inconsciente que reside a maioria de nossos traumas e conflitos, que por serem dolorosos são reprimidos psiquicamente e acabamos nos tornando incapazes de percebê-los sozinhos.
Para Freud, o inconsciente é a parte de nossa mente onde são armazenadas todas essas vivências negativas, como se a lembrança de um evento traumático ou doloroso fosse arquivada em uma posição da memória de difícil acesso para suprimir os efeitos negativos de tais experiências, ou seja, se não lembro é como se nunca tivesse ocorrido.
O problema na vida do ser humano é que mesmo que um fato traumático do passado esteja em um local mais profundo do inconsciente, jamais tornará tal fato como nunca tivesse ocorrido.
Tais fatos que foram reprimidos, principalmente na infância ou adolescência, acabam voltando a se manifestar como sintomas de ansiedade durante a vida adulta. Portanto, ansiedade é um sistema de resposta ao modo de perceber e interpretar a si mesmo, afetiva, fisiológica e comportamental.
É entendida como um estado mais difuso e mais permanente na qual haveria uma possível ameaça (possível ou imaginaria), mas que não se concretiza.
A ansiedade está ligada ao futuro (expectativa) e é uma das principais psicopatologias do século e está ligada principalmente ao sentimento de desamparo.
A ansiedade possui um papel importante na vida humana que é a conservação e a sobrevivência, pois está ligada nossa capacidade de avaliar e prever possíveis perigos.
O problema está quando a ansiedade vai muito além de sua utilidade, e perdendo seu papel de proteção, passa então a aprisionar o indivíduo, que se torna seu escravo.
Síndrome do pânico, transtorno de ansiedade generalizada (TAG), transtorno obsessivo compulsivo (TOC), transtorno de estresse pós-traumático, são algumas psicopatologias causadas essencialmente e originarias de distúrbios de ansiedade.
Alguns destes se instalam de maneira extrema e necessitam de acompanhamento psiquiátrico para que com o uso de medicação adequada, o indivíduo possa recuperar a sua vida funcional
O problema é que a psiquiatria tradicional, por meio dos remédios, atuará apenas nos efeitos da ansiedade.
De fato, em muitos transtornos de ansiedade, isso não é somente importante, como necessário para a pessoa recupere ao menos certa harmonia física e mental, porém é recomendado que ela procure uma terapia auxiliar e conjunta, como a psicanálise, para justamente conhecer a origem e causa de sua ansiedade excessiva e isso poderá auxiliar a redução gradativa de medicação e possivelmente até não ser mais necessária, o que obviamente deverá ter sempre o acompanhamento psiquiátrico, onde somente o médico poderá recomendar o fim do uso de medicação.
Abaixo você encontrará uma lista de sintomas físicos e psíquicos comuns nas pessoas que sofrem de transtornos de ansiedade.
Sintomas físicos
• Tontura ou sensação de desmaio;
• Falta de ar ou respiração ofegante;
• Dor no peito ou palpitação no coração;
• Dor de barriga, podendo ter diarreia;
• Roer unhas, sentir tremores e falar muito rápido;
• Tensão muscular, causando dor nas costas;
Sintomas psíquicos
• Agitação, tremor e balanço involuntário das pernas e braços;
• Nervosismo;
• Dificuldade de concentração;
• Medo e Preocupação constantes;
• Sensação frequente de que algo ruim irá acontecer;
• Descontrole sobre os próprios pensamentos;
• Preocupação exagerada em relação à realidade;
• Irritabilidade e dificuldade para dormir.
Se você se reconhece em muitos destes sintomas, procure um terapeuta, ou até mesmo um médico que poderão avaliar e aconselhar o melhor tratamento para o seu caso.
Jamais use de medicação sem prescrição médica. Jamais aceite de um amigo aquele remédio que fez “milagre,” porque ele tem uma caixa sobrando… Tais remédios poderão piorar ainda mais a situação ou ainda causar outros distúrbios.
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