
Talvez você já tenha se perguntado isso, e bem provável, mais de uma vez, não é?
Normalmente fazemos este questionamento diante de um fato difícil e doloroso em nossas vidas, e nestes momentos nos damos conta de que não fora a primeira vez, e talvez até várias vezes.
A similaridade nos acontecimentos e de sentimentos envolvidos nos cai nessa hora como uma bomba e pode acontecer em diversos âmbitos de nossas vidas, como na família, em nossos relacionamentos, em nosso trabalho, círculo de amizades e de estudo, entre outras.
Nessas horas, conseguimos de fato enxergar a existência de um padrão.
Alguns podem atribuir estas questões a má sorte, ao acaso, karma, obra divina, destino, que nasceu para sofrer e por ai vai.
Em qualquer fenômeno que pode ser observado, a ciência procura justamente por identificar a presença de padrões, pois são justamente através deles que se pode chegar a origem de tais acontecimentos e então explica-los e até mesmo reproduzi-los, quando desejados.
Logo, a existência de um padrão qualquer, demonstra não só a presença de uma origem, uma causa maior para um efeito, mas também de que se trata de um fenômeno inteligente, e não mera obra do acaso, sorte, destino, etc.
Portanto, a primeira coisa, ou melhor, crença limitante que você deve abandonar é de que estes acontecimentos que se repetem em sua vida são resultados de fenômenos dos quais você não tem o menor controle.
Outros atribuem estes padrões em suas vidas como punição divina (culpa de Deus). Ora, em qualquer religião ou seita, Deus sempre tem sua figura como um ser de justiça, benevolência, perdão e amor, certo?
Como Deus, sendo tal ser, poderia, portanto privilegiar alguns e desfavorecer outros?
Das duas uma: Ou você está equivocado ao pensar desta forma, ou estaríamos aqui destruindo totalmente esse conceito divino, o que não é nossa intenção.
A verdade é que estas repetições e padrões acontecem por uma razão e que está mais próxima e acessível a você, do que você imagina, para que possa endente-los e não mais permitir que ocorram em sua vida.
Sigmund Freud, o criador a psicanálise, dividiu a psique humana em 3 partes:
- Ego: Centro de nossa consciência – Que seria a nossa própria visão de nós mesmos e do mundo exterior. É a nossa realidade, mesmo que seja distorcida.
- ID: Parte de nosso inconsciente que é responsável por todos os nossos desejos e anseios.
- Superego: Parte de nosso inconsciente que se encontra a nossa censura, conceito de moral e bons costumes, ética, e também nossas crenças limitantes.
Estima-se que a parcela de consciência que efetivamente possuímos e utilizamos dificilmente atinge 10%, o que nos torna indivíduos cuja inconsciência é sem dúvida predominante.
Mas lembre-se que seu coração, órgãos e muitas funções de seu corpo, são controlados automaticamente por nossas funções cerebrais e são inconscientes, porém extremamente importantes à uma vida saudável.
Carl Jung, psiquiatra suíço, nos deixou a brilhante frase:
“Até você se tornar consciente, o inconsciente irá dirigir sua vida e você vai chamá-lo de destino.”
Na prática é exatamente isso o que acontece em nossas mentes.
Quando crianças, e até quando bebês, possuímos pouca habilidade em lidar com nossas frustrações, dores e traumas e a psique humana, uma vez não sabendo lidar com tais questões, tende a escondê-las, na tentativa de apaga-las de nossas memórias, pois, uma vez que não lembramos, não sofremos. Chamamos isso de recalques.
O grande problema disso é que não há como apagar tais momentos de frustração, traumas e dores totalmente, e eles acabam simplesmente indo parar em nosso inconsciente, que apesar de você não se dar conta, afinal não é consciente, porém nem por isso ele não deixa de controlar suas escolhas e suas ações.
Abaixo, um exemplo, muito geral, pois não significa que isso acontece da mesma forma para todas as pessoas, pois cada indivíduo possui a sua forma de lidar com as coisas, o que pode ter sido traumático para uma criança, certamente poderá não ter sido para outra.
Imagine uma menina que em sua infância sofreu pela ausência de seu pai, desta figura paterna. Seu pai era ausente, pois tinha mais interesses fora do lar que nele, e além de ter outra vida amorosa fora do lar, também maltratava sua mãe.
O desejo desta criança pelo amor e carinho paterno era tão grande, que mesmo vendo a realidade ao seu redor, seu pai sempre foi seu ídolo.
Já na adolescência ou fase pré-adulta, essa garota agora, passa a se interessar por outros rapazes. Seu inconsciente que desejou tanto a figura paterna, irá se interessar justamente por aqueles que mais se assemelham a ele, seja em aparência, em comportamento, atitudes, trejeitos, etc.
O inconsciente quer muito isso, mas o consciente não. Ela aguenta o quanto pode tal relação, rompe e parte para outra, mas infelizmente seu inconsciente procurará pelo seu “tipo de homem”. E é aí que a cada relação rompida, ela se vê em meio a essa repetição e nem se dá conta disso.
Lembramos novamente que este é um exemplo muito generalizado e que não deve ser tomado como pessoal. Lembre-se que cada pessoa tem as suas próprias questões do inconsciente.
Este exemplo é uma pequena amostra de como o nosso inconsciente é capaz de controlar as nossas escolhas e vida. E como já dito, ele não controla somente nossas relações afetivas, mas em alguns casos, pode controlar por quase completo a vida de uma pessoa e ela passar toda a sua existência sem se dar conta disso, e obviamente, uma vida sem qualquer prazer e de um peso muito grande.
Um dos objetivos da psicanálise é justamente trazer essas questões do inconsciente para o consciente, para que possam ser trabalhadas da melhor forma possível e assim não mais nos controlar.
A terapia psicanalítica nos permite conhecer mais de nos mesmos, nos auxiliando não somente a lidar com nossos traumas infantis, mas principalmente nos tornar indivíduos mais donos de nossas escolhas, possibilitando mais liberdade, independência emocional e por consequência, mais felicidade e harmonia em nossas vidas.
Quer saber mais como a psicanálise pode lhe auxiliar a compreender melhor estas e várias outras questões de sua vida? Entre em contato conosco do Instituto Kundalini, poderemos auxiliá-lo não só através da psicanálise para que você compreenda melhor estes padrões de repetição em sua vida, e outras por meio também de várias outras técnicas e terapias, e teremos o maior prazer em lhe atender.
E você, já se perguntou alguma vez porque as coisas se repetem em sua vida? Deixe seus comentários abaixo e se você gostou deste artigo, indique-o a uma amigo(a).
Estou levandopara vida muitas coisas lidas e aprendidas com os textos aqui no blog. É libertador quando se tem autoconhecimento… Obrigada!
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